Profissionais do CIBiogás participam de live especial do Dia das Mulheres
Dia das Mulheres
Blog do Cibiogas

O mês de março costuma ser marcado pelas homenagens às mulheres, e o CIBiogás não podia ficar de fora dessa! Em uma iniciativa inédita, realizamos a live “BIOGÁS por elas”.

Representando as mulheres da nossa equipe – que correspondem a 73% do quadro de colaboradores–, Yelva Cubas (Transferência de Conhecimento), Aline Scarpetta (Captação de Recursos), Daiana Gotardo (Engenharia), Franciele Natividade (Operações), Rafaela Carnevale (Inteligência de Mercado), Luana de Carvalho e Michelli Fregnani (Administrativo) celebraram os 10 anos do CIBiogás, falaram um pouco sobre como é o dia a dia de trabalho, conquistas e o papel das mulheres no mercado.

Liege Reis, Débora Martins e Nathalia Alves, do Marketing, também marcaram presença atuando nos bastidores da live.

No começo do bate-papo, Luana destacou uma mudança de perfil dos profissionais que participam dos processos seletivos da instituição. “Em 2021, 56% do quadro era de mulheres, e agora são 73%. Foi acontecendo naturalmente nos processos seletivos. Nossos critérios são as competências, técnicas, comportamentais, isso é que é importante. E as mulheres tem buscado capacitação”, afirmou.

Para ela, é importante registrar que as mulheres têm competências comportamentais diferentes. “A questão da sensibilidade, empatia. Temos que olhar com carinho esses diferenciais. É uma questão de olhar para si e trabalhar em cima desses pensamentos. Aqui, temos um complemento: os homens, as mulheres, cada um tem o seu papel”.

Quanto ao desafio de conciliar maternidade e a carreira, ela considera que no CIBiogás é algo mais tranquilo. “Como mãe, a gente passa a ter outro olhar do mundo. A autocrítica aumenta e a gente pensa a todo momento: será que está fazendo o melhor? Nós fazemos o melhor que nós podemos. Com essa segurança no ambiente de trabalho, fica mais fácil”.

Para Michelli, o CIBiogás é uma experiência viva, que vem sendo construída em uma jornada de dez anos. “Estamos comemorando isso e estamos muito felizes de compartilhar com vocês. Temos mulheres em todos os setores, cargos, e temos muito orgulho disso. O desafio é não deixar essa peteca cair, ter mais diversidade. Em 2023, a gente ainda precisa dessa pauta, ainda olha o CIBiogás como uma exceção”.

Ela considera que a construção de rede de apoio entre mulheres pode ocorrer em qualquer organização. “Somos um pontinho fora da curva no mercado de energia, uma exceção na representatividade de mulheres. O que queremos é que, no ano que vem ou daqui a dez anos, que seja, a gente possa ver que isso se tornou comum em um setor como o de energias renováveis, do biogás”. 

Em sua fala, Yelva abordou a questão do empoderamento. “Quando a gente trata disso, também fala em ter segurança em relação ao conhecimento que temos, a expor nossa opinião, conseguir compartilhar. Aqui, temos tranquilidade para dizer: ‘eu não sei algo’. Um ambiente seguro faz com que tenhamos muito mais vontade de nos aprofundar, de pegar para nós novos desafios, e nos tornarmos profissionais cada vez mais competentes. É muito gostoso vibrar com uma vitória profissional de uma companheira, ou quando ela conta que está grávida, por exemplo”.

Em sua opinião, “o CIBiogás só chegou onde está com essa construção que temos hoje, por conta dessa segurança do ambiente. Você se sente tranquilo em focar no que importa, não se preocupa com questões como assédio, que não fazem parte da nossa realidade”.

Segundo Aline, outro ponto importante é o respeito mútuo entre as equipes, independentemente do gênero. “A gente trabalha de forma integrada e cooperativa. Isso é fundamental, pois as nossas ações impactam não somente na empresa, mas também na sociedade, reflete nas nossas famílias. O respeito vai muito além do gênero. Nossa equipe é multidisciplinar e cada pessoa tem uma personalidade diferente, e o CIBiogás percebe isso, a gente trabalha olhando as características e necessidades de cada um”.

Para ela, tudo isso colabora para que as mulheres sejam verdadeiras e companheiras. “Aqui, antes de parecer, nós somos”.

Daiana destacou a importância de valorizar a construção de ambientes onde haja respeito e espaço para que a mulher tenha voz.

“Aqui, conseguimos construir isso de maneira natural e isso tem gerado excelentes resultados. Mulheres e homens se complementam e isso impacta nos resultados dos projetos. Mas a gente precisa desconstruir alguns cenários, provar sempre que é capaz. Ainda é um desafio. É importante debater, se unir, e mostrar que juntas somos mais fortes”.

Ela também se lembrou do período de licença maternidade e do retorno ao trabalho.

“Quando voltei, colocaram para mim: ‘volte de um jeito que seja melhor para você. Como é melhor para você?’ Muitas vezes, a mulher adia o sonho de ser mãe por conta dos anseios profissionais, mas dá para caminhar junto, quando tem respaldo. Você pensa: vou ter uma pausa e quando voltar, voltarei mais forte. A gente não volta só por nós. Queremos construir um cenário e um ambiente onde nossas filhas não passem o que a gente passou e onde elas se sintam confortáveis para construir o que elas quiserem”.

A engenheira ressaltou os desafios cotidianos comuns a todas. “A mulher se cobra muito. Então, para que eu assuma esse cargo de liderança, tenho que ser muito boa, beirando a perfeição. Quando vem aquela insegurança, a gente começa a querer se sabotar, isso fica reverberando dentro da gente. Como reverter isso? Ter essa rede de apoio, encontrar junto aos nossos pares. Para que tudo isso que a gente falou exista, é preciso ter essa base, construir esses valores, declarar o que é aceitável. Dentro da instituição, quando se constrói essa base, quando passamos a construir na sociedade, as coisas começam a mudar”.

Franciele observou que na área acadêmica, a maioria das egressas são mulheres, mas no mercado esse papel se inverte, há mais homens. “Aqui, temos as meninas com o pé na Ciência, pesquisando e trazendo resultados voltados para o mercado. Todas as áreas trabalham de forma integrada, se ajudando. É interessante ver como as duas pontas se comportam. Aquele que transmite o conhecimento para o colega e quem recebe a informação. A gente faz isso de forma natural. E é uma forma de valorização. Poxa, meu colega, engenheiro, quer me ouvir para saber sobre essa análise. Ter voz e ser ouvida é uma excelente forma de valorização. Todo mundo está no mesmo barco, remando para a mesma direção”.

Ela ainda citou como concilia o lado profissional com a maternidade.

“A gente não desliga. Às vezes o filho está doente, e mãe é mãe. Gosto de pensar em mulheres inspiradoras, e aqui temos isso. Quero que meus filhos se orgulhem da mãe deles também. Ter flexibilidade, a rede de apoio – que desejo que se estenda a outras empresas – faz com que a gente, em casa, depois do expediente, queira contar as novidades e ver as crianças vibrando por conta disso também. Sou bem grata. Pensando no período de licença, nunca fiquei com medo, por conta da segurança que temos aqui, da liberdade de mostrar a nossa competência”.

Rafaela também contou sua experiência para dar conta de todas as demandas do dia a dia. “A gente nunca consegue desligar totalmente a chave de cada papel. E isso é a essência da mulher. A gente consegue trazer o lado pessoal, profissional, mãe, acadêmico. Hoje, sou uma pessoa 100% realizada. Aqui, encontrei essa compreensão, tanto de mulheres quanto de homens, a disponibilidade dos colegas em ensinar, apresentar coisas novas. Isso me fez estar realizada no profissional, podendo praticar aquilo que aprendi e levar para o mercado, e ao mesmo tempo as demandas das minhas filhas, do meu esposo, da minha família. É muito bom trabalhar em um ambiente como esse. E quebrar certo tabu de que mulheres são muito competitivas, não se ajudam.”

Segundo ela, o mais importante é o foco voltado para o resultado final. “É uma experiência diferente do mercado, mas superpositiva, com entrega de resultados concretos, consistentes. Se o colaborador tomou esse cuidado de desenvolver algo levando em conta os valores, o respeito com os colegas, e ele entregou um produto final satisfatório, isso é o que importa. A gente precisa atender as demandas pessoais para que o profissional consiga falar mais alto. O importante é o que se entrega. E nós, mulheres, entregamos tudo”.

 

Confira o bate-papo completo em www.youtube.com/watch?v=Somu6tNSaoQ

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