Biogás e a tropicalização de tecnologias: como participar do edital? Este foi o tema principal do webinar que aconteceu no dia 18 de março, promovendo o Lançamento do Programa de Tropicalização. No evento, o edital que propõe parcerias entre empresas nacionais e estrangeiras foi amplamente exposto aos mais de 400 participantes virtuais de todo o Brasil e de outros países, como Chile, Reino Unido, Alemanha e Portugal. O programa baseia-se em uma chamada para propostas técnicas de empresas do mercado internacional para promover a transferência de conhecimento e de novas parcerias industriais.
Na ocasião, o evento contou com representantes do CIBiogás, Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), integrantes da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e World Biogas Association – WBA (Associação Mundial do Biogás). Com o objetivo de lançar o edital do Programa de Tropicalização, a ação foi realizada com o apoio e direção dos membros do projeto GEF Biogás Brasil, liderado pelo MCTI e implementado pela UNIDO.
Na transmissão, destacou-se a importância efetiva do programa para o biogás e como a cooperação entre as empresas pode alavancar o setor no Brasil e no mundo. Outro ponto relevante da reunião, deu-se sobre o valor da pluralização dos meios de produção da cadeia do biogás. O aumento das entidades envolvidas no processo de implementação de um projeto enriquece a cadeia produtiva e beneficia os investidores. Além de incentivar novas soluções e oportunidades para gestão de resíduos no Brasil.O programa baseia-se em uma chamada para propostas técnicas de empresas do mercado internacional para promover a transferência de conhecimento e de novas parcerias industriais. O aproveitamento de dejetos no País ainda está em fase embrionária, e ações como essa apenas reforçam o potencial do Brasil nas soluções que envolvem a bioeconomia do país. Além de abranger um ambiente de parcerias, discussão, tecnologia, capacitação, entre outros atributos, a oportunidade também promove um cenário de ação cooperativa não só entre empresas, mas também entre diversos setores do Brasil. Capaz de expandir as possibilidades para as esferas governamentais que auxiliam na certificação de leis e outras questões políticas no território nacional. Com as mudanças regulatórias do setor elétrico e do setor de gás, o programa promete alavancar outras ações legais que envolvem o mercado.
O Programa de Tropicalização surge como um impulso para que o Brasil, em conjunto com organizações, possa finalmente complementar a matriz energética e valorizar de forma efetiva a grande quantidade de resíduos gerados. A emissão de gases de efeito estufa e as questões envolvidas nos aterros sanitários podem ser solucionadas, fazendo com que o país se torne um case de referência para outros países através de novos modelos de negócio. Alessandro Amadio (UNIDO), destaca a importância da ação para instituições que estão começando a reavaliar a quantidade de resíduos presentes em seus processos, a fim de se reposicionar no mercado como uma organização de referência e que preza pela questão ambiental e sustentável a através das energias renováveis, e neste caso, optando pela solução que o biogás proporciona. “Estamos falando de grandes empresas que querem otimizar o seu uso de recursos internos” – Alessandro Amadio – Representante da UNIDO para o Brasil e a Venezuela
Com isso, os palestrantes destacam que o foco do processo de avanço será com tropicalização de tecnologias com foco em biogás e outros tipos de inovações capazes de impulsionar a fonte para além do que já foi estudado até então, transformando todo o cenário socioambiental do Brasil por meio da diversificação da cadeia produtiva. Rafael Gonzalez, Diretor Presidente do CIBiogás, complementa:
“O biogás constrói uma cadeia produtiva por trás da tecnologia, por trás da aplicação do biogás como energético. Ele traz um conjunto de atores que são da ciência até o ambiente empresarial. Todas essas fases de produção do biogás até chegar no uso de biogás e biometano leva uma visão de cadeia produtiva que precisa de tecnologias, conhecimento e know how, para que possa ser levado às regiões do país”.
O edital do programa requer uma robustez tecnológica, permitindo uma melhor exploração dos interessados que desejam contribuir com o desenvolvimento da fonte. Assim, será possível valorizar a multiplicidade de serviços e tecnologias que dão mais segurança e podem baratear o processo, oferecendo o melhor investimento a cada projeto. Através dessas informações, o Brasil continua a se inspirar em cenários já existentes em outros países para consolidar um mercado de referência em energias alternativas.
Na apresentação do edital, Ricardo Muller, expert em biogás – UNIDO/CIBiogás, comenta que esta é a melhor oportunidade para promover ações de cooperação para quem tem interesse em entrar no mercado brasileiro trazendo soluções tecnológicas e inovadoras para o mercado de biogás. O edital, além de apontar todos os pontos essenciais para participar do programa, também aborda alguns pontos importantes sobre os benefícios às empresas envolvidas, confira:
Compreender o mercado de biogás brasileiro é importante para que alguns setores possam evoluir mais rapidamente, consolidando, de forma efetiva, todas as ações que permeiam o mercado de biogás e biometano no Brasil, além de credibilizar os trabalhos que propulsionam atualizações sobre o que já foi feito, valorizando todo o setor.
Na transmissão, estavam presentes: Eduardo Soriano, diretor do departamento de tecnologias aplicadas do MCTI; Alessandro Amadio, representante para Brasil e Venezuela na UNIDO, Rafael Gonzalez, Diretor Presidente do CIBiogás, Ricardo Muller, expert em biogás – UNIDO/CIBiogás; Charlote Morton, Chefe Executiva na World Biogas Association ( Associação Mundial de Biogas) e Felipe Marques, Coordenador de projetos de biogás – UNIDO/CIBiogás.